Foi o Presidente da República que abriu caminho para a desgraça governativa que vivemos agora em Portugal. Foi o seu discurso de posse no segundo mandato, cínico e vingativo, que atiçou a quadrilha de Miguel Relvas e Pedro Passos Coelho, estimulando-os para uma aventura trágica para todos nós, de cuja complexidade política nacional e internacional não tinham a menor ideia. O poder e o "pote" para os seus bandos, organizados nas concelhias do PSD e CDS e nalgumas autarquias, era a contrapartida. Para isso não hesitaram em mentir de forma canalha ao povo, com a cumplicidade de parte dos órgãos de comunicação, dos partidos da oposição na altura, e parte importante das chamadas elites portuguesas. Especialmente Aníbal Cavaco Silva, que conhecia estes dois tipos desde pequeninos....
O Presidente da República, apanhado de supetão pela movimentação política genial de José Sócrates com o PEC IV, aceite pela União Europeia, fechou os olhos aos interesses de Portugal e dos portugueses, não esboçando o mais leve movimento para segurar um acordo de última hora, que teria evitado esta tragédia em que estamos mergulhados, tendo ao "leme" uma caricatura de primeiro ministro.
Simultaneamente, contribuíu para afastar do governo um excelente Primeiro Ministro, José Sócrates, deixando-nos ófãos de uma liderança democrática e competente.
Foi um crime lesa-pátria irreparável.